Villa Januária

Pico da Bandeira

O ponto mais alto do Espírito Santo

A estrada da pousada até a portaria capixaba do Parque Nacional do Caparaó é de 8 quilômetros em via pavimentada. A partir daí uma estrada interna de 9 quilômetros segue até o acampamento da Casa Queimada, base de apoio para a subida ao Pico da Bandeira. Ela é íngreme e sinuosa e aproximadamente 50% é calçada.

O acampamento está a 2160 metros de altitude. A trilha para o Pico tem 4,2 quilômetros de extensão e passa pelo cume da serra, avistando todo o vale ao redor. Aqui a paisagem se transforma conforme a mudança de relevo. Acima dos 2 mil metros, reinam os campos de altitude e as baixas temperaturas. No topo das montanhas, os termômetros podem marcar temperaturas negativas durante o inverno. Após 2 ou 3 horas chega-se ao topo do terceiro cume mais alto do Brasil – o Pico da Bandeira com seus imponentes 2892m de altitude. A subida noturna exige, normalmente, o dobro do tempo para alcançar o Pico.

No momento, a subida ao Pico está proibida.

A trilha ao longo do percurso tem trechos com erosão, piso irregular e presença de muitas pedras que exigem maior esforço do visitante pela alta declividade. As condições climáticas variam muito durante o trajeto. Existem áreas escorregadias e trechos de piso extremamente irregular. Em um ponto (Pico do Calçado) o visitante tem que transpor uma laje de pedra sem nenhum equipamento facilitador.

No alto do rochedo há setas indicativas a cada 5 a 10 metros pintadas no chão; em caso de densa neblina a recomendação é que se espere que a mesma se dissipe para continuar a caminhada. Não há locais para se abrigar no caminho em caso de muito vento ou de chuva. É importante portar um agasalho impermeável em qualquer época do ano. 

Para as atividades diurnas é preciso atentar no horário de funcionamento da portaria (7h às 18h). Para a subida noturna é necessário fazer uma reserva de pernoite pelo telefone (32) 3747-2086, ou pelo site  http://www.icmbio.gov.br/parnacaparao/guia-do-visitante.html e receber a confirmação via e-mail, e deve-se adentrar no parque antes das 18h.

O condutor, caso contrate um, tem a autonomia de cancelar a caminhada caso avalie que a condição climática esteja oferecendo riscos iminentes aos participantes. Em situação de desistência de algum membro do grupo em prosseguir a caminhada, o condutor, estando sozinho, deverá retornar com o grupo todo até o ponto de partida. Em caso de dois ou mais condutores, um desses retornará com o participante ao ponto de início da trilha.

Os riscos envolvidos na atividade são:

  • Quedas de materiais pessoais, como por exemplo, máquinas fotográficas, equipamentos de filmagem, óculos de sol ou de grau, bonés, dentre outros;
  • Riscos gerais de passeios na natureza, tais como picadas de insetos, animais peçonhentos, intempéries climáticas, dentre outros;
  • Lesões leves, graves ou gravíssimas, escorregamentos, escoriações, arranhões, torção de pé, fraturas, dentre outros;

 

O salvamento em ambientes naturais é caro e complexo, podendo levar dias e causar grandes danos ao meio ambiente. Portanto, em primeiro lugar, não se arrisque sem necessidade e respeite a montanha. Não se afaste do grupo e siga as orientações do condutor. Caso a previsão de tempo indique chuvas, a operação não será realizada.

 

Sugestões:

Alimentação

  • Pão de forma integral;
  • Queijo em barra ou fatiado;
  • Bebidas instantâneas;
  • Passas ou frutas secas (ameixa, damasco);
  • Chocolates, castanhas, amendoins, rapaduras;  
  • Biscoitos salgados
  • Evite levar alimentos perecíveis, enlatados, vidros.

 

Materiais básicos para caminhadas 

  • Itens individual e obrigatórios (Estes itens serão checados antes do início da caminhada):
  • Mochila de duas alças ajustáveis e espaço suficiente para carregar todos os materiais necessários para as atividades;
  • Lanterna de cabeça ou mão carregada ou com jogo de pilhas reserva;
  • Capa de chuva (em qualquer época do ano);
  • Cantil com água fresca. Durante o percurso você poderá abastecê-lo no córrego no meio do caminho;
  • No caso dos alérgicos a picada de insetos, portar pomada antialérgica. 
  • Um par de calçados aderentes, resistentes e em bom estado de uso para a prática da atividade. Os ideais são os preparados para o trekking, dispensando o uso de sapatos, sandálias ou chinelos;

 

Itens sugestivos para o maior conforto:

  • Protetor labial e protetor solar;
  • Repelente de insetos;
  • Objetos de higiene pessoal (inclusive papel higiênico);
  • Óculos escuros, chapéu ou boné;
  • Estojo de primeiros socorros;
  • Celular (há sinal nas cristas da serra e será útil para casos de emergência)
  • Calças com tecido leves e resistentes (tactel, suplex, lycra ou poliamida) evitar jeans e algodão (dê preferência para aquelas que se transformam em bermudas);
  • Camisas (dê preferência para mangas longas, para diminuir exposição de pele ao sol), confeccionadas de poliéster  ou poliamida que tem baixa absorção de água e secam rápido.
  • Agasalhos de fleece e/ou impermeável e respirável;
  • Leve roupas e equipamentos que o mantenham quente, seco e confortável. As roupas devem ser embaladas em sacos plásticos;
  • Saco para lixo;

 

Importante:

  • Evite barulho excessivo. Fale em tom natural, evite jogos ruidosos e música alta, eles espantam os animais;
  • Deixe animais de estimação em casa, pois eles afugentam animais nativos;
  • Traga de volta todo o lixo que você produziu. Nunca deixe seu lixo pelo caminho;
  • Use as instalações sanitárias disponíveis. Quando não for possível, afaste-se das trilhas e dos cursos d’água, e não deixe na natureza o papel higiênico usado. Faça tudo que estiver ao seu alcance para proteger as nascentes e cursos de águas da contaminação.
  • Poupe a água durante o uso, ela pode faltar.
  • Evite fumar quando estiver na natureza ou fume em lugar fixo e depois apague o cigarro, e não se esqueça de guardar a guimba do cigarro. 
  • Informe-se sobre as condições climáticas do local e consulte a previsão do tempo antes de qualquer atividade em ambientes naturais.
  • Viaje em grupos pequenos de até 10 pessoas. Grupos menores se harmonizam melhor com a natureza e causam menos impacto.
  • Escolha as atividades que você vai realizar na sua visita, conforme o condicionamento físico e seu nível de experiência
  • Mantenha-se nas trilhas pré-determinadas. Não use atalhos que cortam caminhos. Os atalhos favorecem a erosão e a destruição das raízes e plantas inteiras. 
  • Mantenha-se na trilha mesmo se ela estiver molhada, lamacenta ou escorregadia. A dificuldade das trilhas faz parte do desafio de vivenciar a natureza. Se você contorna a parte danificada de uma trilha, o estrago se tornará maior no futuro.
  • Nunca pule na água sem antes ter certeza que o lugar é fundo e não possui nenhuma pedra. O ideal é você entrar devagar, sem pular. Evite riscos desnecessários.
  • Fique atento ao tempo, se você perceber que o tempo está fechando, volte para a portaria do Parque. Trombas d’água podem encher rapidamente os rios.

 

Normas do Parque

  • É PROIBIDO O CONSUMO E PORTE DE BEBIDAS ALCOÓLICAS. As mesmas serão recolhidas por funcionários do Parque caso o visitante seja encontrado portando ou consumindo as mesmas;
  • É PROIBIDO ALIMENTAR OS ANIMAIS. A proximidade dos mesmos pode ser perigosa para o visitante e prejudicial para os hábitos e características naturais e biológicas dos animais;
  • É PROIBIDO FAZER FOGUEIRAS, o visitante que precisar cozinhar deverá trazer equipamento próprio para tal (fogareiro);
  • É PROIBIDO EXECUTAR TODOS OS TIPOS DE DEPREDAÇÃO aos ambientes do Parque e às suas estruturas de apoio (mesas, quiosques, banheiros, abrigos e etc). Por depredação entende-se: destruição de árvores e rochas, pichação, rabiscos, cortes com faca, marcações de todos os tipos;

Os itens aqui descritos como proibidos são passíveis das sanções (MULTA e APREENSÃO) descritas no Decreto Federal n°  6.514 de 2008, que trata das INFRAÇÕES CONTRA O MEIO AMBIENTE